Henrique
nasceu em Macaíba no dia 15 de março de 1874, numa casa localizada na antiga
rua do porto, ( seu nome foi dado em homenagem ao bispo de Milão São Henrique
de Dácia). Depois mudou-se para a casa na rua do comércio, onde atualmente fica
a Escola Estadual Auta de Souza. O seu pai era comerciante e politico da
cidade, este mantinha um entreposto comercial além de uma relação amistosa com
os Albuquerque Maranhão, estreitando os laços no período da consolidação da
oligarquia. É apesar de não serem brancos, Henrique, Auta de Souza, Eloy de
Souza, isto nunca lhe foi empecilho, as portas foram se abrindo ao
reconhecimento da inteligência deles.
Ainda
Pequeno, era constantemente ameaçado pela tuberculose tento que se mudar
constantemente a procura por melhores climas, foi para Recife, onde contrai
pneumonia, vai para Angicos, e recupera a saúde, a fim de consolidar a saúde
prossegue para Serra do Martins, depois à Mossoró e Tibau, onde se apaixona por
uma jovem praieira.
Aos
17 anos, começou a colaborar no jornal República a pedido de Pedro Velho.
Quando
Henrique residiu em Martins, deparou-se com uma gruta que se assemelhava a uma
residência que, por entre as pedras brotavam pingos de água, tal fato chamou a
atenção do poeta, que inspirado criou o poema a lágrima que
também é conhecido como solidão.
SOLIDÃO
A lágrima sem fim, a lágrima pesada
Que eternamente cai do alto desta gruta,
Representa alguma alma estranha e desolada
Que mora a soluçar dentro da rocha da rocha brutal
Est'alma, quem será? Não sei!Mistério fundo...
Entretanto, eu pressinto alguém que se debruça,
E baixinho, me diz, num gemido profundo:
Existe um coração na pedra que soluça!
(Henrique Castriciano)
A
saúde precária o obrigava a viajar também ao exterior, como ocorreu quando foi
à Europa, com o objetivo de se consultar da tireoide e lá obteve várias
informações sobre a educação feminina defendida por Nísia Floresta, a quem passaria
admirar. em 23 de julho de 1911 funda a liga de ensino, a escola doméstica foi
fundada no dia 1 de setembro de 1914, servindo como padrão para educação
feminina do Estado.
A
escola doméstica representou uma revolução para os moldes da vida feminina.
Castriciano foi o primeiro presidente da Academia Norte- Riograndense de
Letras, a cadeira n° 2 da academia de letras tem o nome de Nísia, Homenagem de
Henrique Castriciano, a quem tanto admirava.
Hoje,
a escola doméstica representa um importante componente na educação feminina,
sua localização na Hermes da Fonseca se deu devido á ascensão de Café Filho na
administração do país na década de 50. O prédio do Colégio na Ribeira ficava ao
lado do Colégio Salesiano, que foi negociado com IPAC, antiga denominação do
INAMS.
Somente
em 1987 é criado o complexo educacional Henrique Castriciano, anexo á escola
doméstica. Entre os anos de 1919 e 1923, Henrique foi professor da Escola
doméstica, lecionando a disciplina educação social.
Henrique
fez o curso jurídico no Ceará, e o concluiu no Rio de Janeiro tornando-se
bacharel em ciências jurídica e social aos 30 anos, por causa dos problemas de
saúde. Aos 24 anos tinha apenas um pulmão sadio o que deixava vulnerável as
doenças, seu estado precário o fez escrever no álbum de recordações de D.
Madalena Antunes Pereira, que foi memorizado por Waldemar de Sá, e publicado
por Edgar Barbosa.
Henrique
Castriciano, foi deputado estadual, jornalista, advogado, poeta, ensaísta,
critico literário, vice- governador do Estado do RN por dez anos, procurador
geral, secretário do governo de Alberto Maranhão e de Tavares de Lyra, além de
ter sido secretário em seis de agosto nas gestões de Joaquim Ferreira Chaves
(1914-1920) e Antônio José de Melo ( 1920-1924).
Em
1990, criou a lei n° 145 que garantia investimento, na publicação literária ou
cientifica, foi homenageado com o título de príncipe dos poetas norte
rio-grandense. A pós abandonar a politica fixa moradia no Rio de Janeiro, onde
se dedicava ao jornalismo e advocacia. Só volta a Natal em 1933, para exercer o
cargo de diretor da secretária do tribunal regional eleitoral, nomeado por Luís
Tavares de Lyra.
Em
1945, o poeta sofre um derrame cerebral, e não se recupera mais. Falece no dia
26 de julho de 1947, as 7 h e 40 min da manhã. sem realizar o seu último
desejo, olhar pela ultima vez o rio Potengi.
Os
versos de Henrique foram traduzidos para o francês, Sueco e Polonês.
PSEUDÔNIMOS
QUE HENRIQUE USAVA:
H.C
José
Capitulino
Mario
do Vale
Alex
João
Brás
Rosa
Romariz
Y.
Erasmus
Van Der Does
Frederico
De
Menezes
H.
castriciano.
Fonte
- REVIVENDO A HISTORIA